Há
um grande número de probióticos atualmente utilizados e disponíveis em produtos
lácteos fermentados, especialmente em iogurtes. As bactérias lácticas
constituem um grupo diversificado de organismos, que proporcionam considerável
benefício ao hospedeiro, sendo algumas encontradas naturalmente no trato
intestinal humano e outras bactérias lácticas fermentativas, utilizadas pela
indústria, com o objetivo de transmitir sabor e textura, sem esquecer que
possuem propriedades conservantes (GRAJEK; OLEJNIK; SIP, 2005).
Os
efeitos fisiológicos dos probióticos, incluem a redução do pH intestinal,
produção de enzimas digestivas e de algumas vitaminas, produção de substâncias
antibacterianas, como ácidos orgânicos, e outras substâncias de reconstrução
não identificadas, que agem em situações de distúrbios da microflora, que podem
ser causados por diarréia aguda, antibioticoterapia e radioterapia. Os
probióticos agem também diminuindo os níveis sangüíneos de colesterol,
funcionam estimulando as funções imunológicas, produzem ácidos graxos de cadeia
curta, amenizam a intolerância a lactose, agem na supressão de infecções
bacterianas, remoção de agentes cancerígenos, melhoram a absorção do cálcio,
melhoram a permeabilidade das membranas bem como, agem reduzindo a atividade da
enzima fecal (FLORA; DICHI, 2006).
As doenças inflamatórias intestinais (DII) ocorrem em todo o mundo e
representam um sério
problema de saúde, pois atingem preferencialmente pessoas jovens, sendo que as
mulheres são mais propensas a desenvolver a Doença de Crohn (DC) e os homens a
retocolite ulcerativa (RCU). Cursam com recidivas freqüentes e admitem formas
clínicas de alta gravidade, prejudicando o convívio social, o processo
educativo, a produtividade e a qualidade de vida de uma forma geral (JEWEL, 1998).
A partir do
conhecimento das propriedades dos probióticos no organismo humano, e conhecendo
as etiologias das DII, que incluem dentre vários fatores, o imunológico,
permeabilidade intestinal e microflora bacteriana, levando em consideração que
os portadores da DII apresentam uma quantidade reduzida de bactérias colônicas
benéficas e uma quantidade aumentada de bactérias nocivas, dá-se início a
diversas investigações com vista nos probióticos como uma nova forma de
tratamento da DII (FLORA; DICHI, 2006; SARTOR, 2007).
Seja através de alimentos funcionais, ricos em probioticos ou atraves de suplementação, o bom funcionamento do intestino é fundamental para a saúde do indivíduo, uma vez que, o bom funcionamento do intestino é determinante para uma boa absorção e consequentemente uma boa nutrição, quando aliados a uma dieta balanceada e atividade física.
Markelen Calza
Nutricionista - CRN² 10161
Pós Graduanda em Nutrição Clínica Personalizada